Aluna de medicina da USP que desviou quase R$ 1 milhão de festa de formatura é condenada a 5 anos de prisão por estelionato

Foto: Reprodução / TV Globo

A Justiça de São Paulo condenou por estelionato a estudante Alicia Dudy Muller pelo desvio de quase R$ 1 milhão dos fundos arrecadados para custear a festa de formatura de uma turma de medicina da USP (Universidade de São Paulo).

A pena pelo crime, praticado de forma continuada por oito vezes, foi fixada em cinco anos de reclusão, em regime semiaberto.

A sentença também determina o pagamento de indenização às vítimas, no mesmo valor do prejuízo causado. Cabe recurso.

O juiz Paulo Eduardo Balbone Costa, da 7ª Vara Criminal da Capital, apontou que “a ré se prevaleceu de sua condição de presidente da comissão de formatura para engendrar um plano destinado a se apossar do produto arrecadado ao longo de meses, com a contribuição de dezenas de colegas, a fim de obter lucro para si com a aplicação especulativa daquele capital”.

“Traiu a confiança de seus pares, desviando recursos que pertenciam aos colegas de turma (o que revela maior opróbio do que a prática de estelionato contra vítima a quem não se conhece), quando as vítimas não atuavam movidas pela própria cupidez”, apontou o magistrado na sentença.

Em nota enviada ao G1, o advogado Sérgio Ricardo Stocco disse que tomou ciência da decisão há pouco tempo, mas adiantou que vai recorrer da decisão.

Relembre o caso

Segundo a denúncia registrada na polícia pela comissão de formatura, o caso veio à tona quando a suspeita afirmou, por meio de mensagens no WhatsApp, que tinha perdido todo o dinheiro e alegou ter aplicado R$ 800 mil em uma corretora de investimentos. À época, ela disse ter sido supostamente enganada pela empresa.

Uma das vítimas registrou a ocorrência e a polícia passou a investigar o caso. No início de fevereiro, a Justiça não aceitou o pedido de prisão preventiva feito pela polícia contra a estudante.

A decisão concordou com o posicionamento do Ministério Público, que entendeu que o caso se tratava de crimes de estelionato, não de apropriação indébita, como ela havia sido indiciada, e pediu que fosse feita uma lista com o prejuízo individual dos alunos. Cada vítima teve de mostrar interesse em representar pelo crime.

G1

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

Topo