Evento do PT pró-Palestina é vetado após queixa de Consulado de Israel

Foto: Reprodução

Na noite desta terça-feira (25), o presidente da Câmara Municipal de São Paulo, Milton Leite, suspendeu um evento organizado pelo PT que debateria a situação da Palestina. A reunião estava prevista para acontecer na Sala Oscar Pedroso Horta, dentro da casa legislativa municipal.

Milton Leite enviou um ofício à vereadora Luna Zarattini, responsável pela reserva da sala, explicando que a decisão foi tomada em resposta às “preocupações expressas pelo Consulado Geral de Israel em São Paulo”. O ofício destaca que a suspensão visa permitir uma análise mais detalhada sobre os aspectos do evento, garantindo que todas as atividades realizadas na Câmara estejam em conformidade com os princípios de respeito, diplomacia e segurança pública.

Além disso, o presidente da Câmara solicitou que todas as medidas necessárias sejam tomadas para impedir a realização do evento até que a análise e a averiguação sejam concluídas.

O Consulado Israelense em São Paulo havia divulgado uma nota na tarde desta terça-feira, criticando o material de divulgação do evento. Segundo o consulado, a representação gráfica de Israel em vermelho, sob os símbolos do PT e de uma pomba branca carregando a Bandeira da Palestina, teria um “teor fortemente antissemita”. A nota também sugere que o desenho insinua o fim do Estado de Israel, o que seria uma violação das práticas do direito internacional público.

O seminário, que incluiria o lançamento do Núcleo Palestina do PT, um grupo voltado para debater a situação da região no Oriente Médio, foi transferido para a sede do diretório municipal do PT em São Paulo. Luna Zarattini, em entrevista ao Metrópoles, classificou a decisão como censura. Ela questionou o interesse da Câmara em censurar um debate sobre uma questão humanitária urgente e de importância mundial, e afirmou que a acusação de antissemitismo era infundada. Segundo a vereadora, é necessário debater caminhos para o cessar-fogo, a paz e o fim de qualquer genocídio, ao invés de censurar um debate democrático.

Com informações do Metrópoles

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